Em meio a uma rebelião inédita dentro do seu partido, a chanceler alemã Angela Merkel chega ao Brasil na noite desta quarta (19) para uma visita-relâmpago à presidente Dilma Rousseff, mergulhada numa crise política sem precedentes no governo.
Ambas se aproximaram em 2013 para reagir à revelação de que foram alvo de espionagem do serviço de inteligência americana.
A chanceler ficará menos de 24 horas em Brasília. Sua delegação, porém, será peso-pesado: serão sete ministros e cinco secretários de Estado. Será o primeiro encontro bilateral desde que a Alemanha incluiu o Brasil no rol de países com quem mantém relação de “alto nível” –de emergentes, somente Índia e China possuem tal status.
Apesar da crise econômica no Brasil, o governo de Merkel busca investimentos para cerca de 1.300 empresas alemãs que atuam no país.
Questionado sobre se a viagem ao Brasil ocorreria em um bom momento, o porta-voz da chanceler, Steffen Seibert, minimizou, dizendo que reuniões bilaterais deste tipo não levam em conta o atual contexto interno do país. Um jantar de recepção deve ocorrer nesta quarta no Palácio do Alvorada.