O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro convidou o presidente francês, Emmanuel Macron a visitar a Amazônia
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro convidou o presidente francês, Emmanuel Macron a visitar a Amazônia
Durante a cúpula do G20 em Osaka, após uma série de de informações desencontradas em relação à agenda dos dois líderes, o presidente Jair Bolsonaro e seu homólogo francês, Emmanuel Macron, tiveram um encontro nesta sexta feira, 28, pouco antes de Bolsonaro discursar na cúpula. A Folha também noticiou o encontro, citando o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barro.
Os líderes teriam discutido questões relacionadas ao meio ambiente, à fronteira do Brasil com a Guiana Francesa, ao comércio internacional e a um acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul. Ao final, o brasileiro teria convidado o francês a conhecer a Amazônia.
Segundo a BBC Brasil, membros da delegação francesa afirmaram que estava planejada um encontro reservado entre os chefes de Estado.
Macron havia afirmado que a França não assinará qualquer acordo comercial com o Mercosul caso o Brasil se retire do Acordo de Paris sobre o clima, como já ameaçou Bolsonaro.
“Se o Brasil deixar o acordo de Paris, até onde nos diz respeito, não poderemos assinar o acordo comercial com eles”, disse francês. A declaração gerou incômodos à comitiva brasileira em Osaka.
Bolsonaro também reagiu duramente a declarações da chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel. Na quarta-feira, em sessão no Bundestag (Parlamento alemão), ela disse ver com “grande preocupação” a situação no Brasil, que descreveu como “dramática” sob o governo de Bolsonaro nas questões ambientais e de direitos humanos.
Pouco depois de chegarem ao Japão para a cúpula do G20, Bolsonaro e sua comitiva rebateram as declarações dos líderes europeus. O principal alvo dos brasileiros foi Merkel, que disse desejar ter uma discussão com Bolsonaro sobre o desmatamento.
O general Augusto Heleno, titular do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), reagiu – de maneira mais exaltada – não só à fala de Merkel, mas também à declaração de Macron sobre o Mercosul.
Ele disse que os europeus não têm moral para criticar a política ambiental do Brasil. “A política de meio ambiente é totalmente injusta ao Brasil. O Brasil é um dos países que mais preserva meio ambiente no mundo. Quem tem moral para falar da preservação de meio ambiente do Brasil?”, disse o ministro. “Estes países que criticam? Vão procurar a sua turma.”