Os cientistas podem estar mais perto do que se imagina de descobrir vida extraterrestre. De acordo com pesquisadores envolvidos na missão do robô Philae, que pousou no cometa Chury em novembro do ano passado, características do astro sugerem a existência de micro-organismos vivendo abaixo de sua superfície.
A crosta negra, rica em material orgânico, e lagos gelados encontrados pelo robô Philae seriam possíveis devido à presença de micróbios. Os dados indicam que organismos que contêm sais anticongelamento poderiam estar ativos em temperaturas abaixo de -40 graus, como as que aparecem no cometa. O astro possui áreas congeladas cobertas de material orgânico e os micro-organismos estariam envolvidos na formação dessas estruturas de gelo.
“Cinco séculos atrás era uma luta para que as pessoas aceitassem que a Terra não era o centro do universo. Depois dessa revolução, nosso pensamento manteve a Terra no centro em relação à vida e à biologia. Isso está profundamente enraizado na nossa cultura científica e precisaremos de muitas provas para nos livrar disso”, afirmou o cientista Chandra Wickramasinghe, criticando a resistência das pessoas em aceitar que exista vida fora da terra.