A Procuradoria da República vai investigar doações de empresas fantasmas ao PDT, do presidenciável Ciro Gomes.
O valor de R$ 500 mil foi recebido pelo presidente do partido, Carlos Lupi, e pelo tesoureiro, Marcelo Panella, em maio de 2010. As cinco doadoras pertencem ao grupo de empresas de fachada criadas pelos empresários Samir e Adir Assad, e aparecem na delação que eles fizeram na Lava-Jato em agosto de 2017.
— A colaboração dos irmãos Assad foi homologada em três locais diferentes: Rio, São Paulo e Curitiba. Com certeza iremos investigar. Só não sabemos ainda quem ficará responsável — disse o procurador Eduardo El Hage.
Outros três casos de doações suspeitas, descobertos na Lava-Jato, também envolvem o PDT. Incluindo os R$ 500 mil atribuídos a fantasmas, as contribuições duvidosas somariam R$ 9,4 milhões entre 2010 e 2014.
Lupi e Panella são amigos há mais de 30 anos. Quando um assumiu a presidência do PDT, em 2004, o outro ficou com a tesouraria do partido. Panella é empresário, responsável por lotear uma fazenda de plantação de laranjas herdada do pai. Lupi virou ministro do Trabalho no segundo mandato do governo Lula, e o companheiro chefiou o gabinete.