O dólar comercial completou 30 dias acima de R$ 6,00 nesta sexta-feira (10). A moeda norteamericana fechou a semana a R$ 6,10, com alta de 1%. Os agentes financeiros estimam que a cotação não baixará desse patamar até o fim de 2025. O câmbio é uma das variáveis macroeconômicas mais difíceis de se estimar.
No início do ano passado, o mercado estimava uma taxa cambial de R$ 5,00 para o fim do ano. O dólar encerrou a R$ 6,18, com alta de 27,3%.
A 1ª vez que a moeda norte-americana superou a "barreira psicológica" dos R$ 6 foi em 29 de novembro. Ficou neste patamar até 10 de dezembro. Em 11 dezembro, caiu para R$ 5,97 com o anúncio de operação médica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Voltou a superar R$ 6,00 em 12 de dezembro, nível que se manteve desde então.
Nesta ultima sexta-feira (10/jan), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que a inflação do Brasil foi de 4,83% em 2024. O BC (Banco Central) descumpriu 3 vezes a meta nos últimos 6 anos.
O movimento acompanha a valorização da moeda norte-americana no exterior em razão dos dados de emprego nos EUA acima do esperado. Foram 256 mil postos de trabalho criados fora do setor agrícola em dezembro de 2024.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, em mais de uma ocasião, que o câmbio deve "acomodar". Atribuiu a valorização do dólar à um movimento global em dezembro. O real foi a moeda que mais perdeu valor em relação ao dólar em 2024 entre os países doG20.
O Banco Central fez leilões em dezembro para conter a saída considerada atípica de dólar. A fuga foi de US$ 18 bilhões em 2024, a maior desde 2020. Só em dezembro, a saída de dólares somou US$ 26,4 bilhões.
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