O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou a taxa básica de juros da economia pela quarta vez consecutiva. Em reunião concluída nesta quarta-feira (29), o colegiado elevou a Selic em 1 ponto percentual, para 13,25% ao ano, movimento já esperado pelo mercado.
Essa foi a primeira reunião do Copom em 2025 e também a estreia de Gabriel Galípolo na presidência do Banco Central. Ex-diretor de Política Monetária da autarquia e ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Galípolo assumiu o cargo após ser indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sucedendo Roberto Campos Neto, nomeado durante o governo Jair Bolsonaro (PL).
O aumento dos juros tem impacto direto na economia, influenciando desde o custo do crédito até o rendimento de investimentos. Para consumidores e empresas, a principal consequência é o encarecimento dos empréstimos e financiamentos.
Como a Selic serve de referência para os juros cobrados pelos bancos, sua alta torna mais caro o crédito para compras parceladas, financiamento de imóveis e veículos, além do rotativo do cartão de crédito. Na prática, isso significa que quem precisa de dinheiro emprestado pagará mais para quitar a dívida.
Por outro lado, a elevação da taxa pode beneficiar quem tem dinheiro aplicado em investimentos de renda fixa, como o Tesouro Direto e os CDBs (Certificados de Depósito Bancário), que tendem a oferecer maior retorno.
A decisão do Copom reflete o esforço do Banco Central para conter a inflação, já que juros mais altos desestimulam o consumo e o crédito, reduzindo a pressão sobre os preços. No entanto, o custo desse controle é o desaquecimento da atividade econômica, com impacto sobre o crescimento do país e o mercado de trabalho.
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