Governo Lula gasta R$ 1,1 milhão em anúncios na Meta em um mês

A Secretaria de Comunicação Social (Secom) desembolsou R$ 1.115.718 em um mês para promover anúncios nos perfis oficiais do governo no Instagram e Facebook. Segundo a Biblioteca de Anúncios da Meta, os valores foram pagos entre 6 de janeiro e 4 de fevereiro para financiar 48 campanhas publicitárias.

Do total, R$ 987.632 foram destinados a 18 anúncios identificados com o rótulo do Governo do Brasil, consolidando-se como o maior investimento no período. As publicações abordaram temas como agronegócio, redução do desemprego, combate à fome e educação.

Outras 30 postagens, custeadas diretamente pela Secom, impulsionaram o programa Acredita, voltado à renegociação de dívidas de pequenos negócios. Foram R$ 128.086 para divulgar a iniciativa destinada a MEIs, microempresas e empresas de pequeno porte.

O aumento da publicidade coincidiu com a repercussão negativa da decisão da Receita Federal de fiscalizar transferências via Pix acima de R$ 5.000 para pessoas físicas. A medida gerou forte reação entre pequenos comerciantes e trabalhadores informais, que passaram a temer uma maior tributação. Diante da pressão, o governo revogou a norma em 15 de janeiro, tentando minimizar desgastes.

Mudanças na Secom e estratégia digital

Desde 14 de janeiro, a Secom está sob nova gestão, agora comandada pelo publicitário Sidônio Palmeira, estrategista de comunicação do governo Lula. Sua principal missão tem sido recuperar a popularidade do presidente e reformular a abordagem do governo nas redes sociais.

Uma das novas diretrizes inclui o uso de formatos mais dinâmicos e populares, como vídeos no estilo Point of View (POV). Sidônio também atuou diretamente na resposta às fake news sobre uma suposta taxação do Pix, coordenando a divulgação de um vídeo do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desmentindo boatos.

O esforço para fortalecer a comunicação digital e conter crises tem levado o governo a aumentar investimentos em publicidade online, evidenciando uma estratégia focada na disputa narrativa e no reforço da imagem institucional.