Porto do Mangue se prepara para o início dos trabalhos legislativos de 2025, mas, nos bastidores, o que se desenha é a tentativa de um retorno estratégico à cena política. O ex-candidato Júnior Bola (MDB), derrotado nas urnas, surge novamente, desta vez direcionando suas críticas ao parlamento municipal.
Neste fim de semana, Bola publicou imagens em suas redes sociais que chamaram a atenção dos que sempre estão atentos aos momentos dos políticos na cidade: uma ao lado do trio dos vereadores de oposição — Raniery Filho, Tieigo Costa e Lisandra Maia — e outra destacando uma matéria sobre a anulação judicial da antecipação da eleição da mesa diretora da Câmara de Lagoa Salgada. O subtexto é claro: uma tentativa de questionar a legitimidade do processo eleitoral que ocorrerá na Câmara de Porto do Mangue na próxima quarta-feira, 19 de fevereiro.
A ironia da situação, no entanto, escapa ao próprio saelista, ex-candidato oposicionista. Durante sua gestão como presidente da Câmara, ele próprio alterou o Regimento Interno para garantir dois mandatos consecutivos, beneficiando-se de um expediente que agora parece condenar. Esse tipo de “amnésia política” não é incomum entre aqueles que, após a derrota, buscam reescrever sua própria história.
A mudança de discurso não surpreende. Para alguns, a política não é um compromisso com a coerência, mas um jogo de conveniência. Bola, ao que parece, quer manter-se relevante, mesmo que para isso precise instrumentalizar os atuais vereadores de oposição. Sua movimentação política sugere menos um interesse genuíno pelo debate e mais uma tentativa própria de reposicionamento estratégico no jogo político.
O eleitor portomanguense, no entanto, já demonstrou que não se deixa enganar por manobras oportunistas. O cenário político da cidade exige maturidade e responsabilidade,até por consequência do desmantelamento político e administrativo que os saelistas deixaram, Porto do Mangue não voltará a cair nas velhas táticas disfarçadas de renovação. Se a lição das urnas serviu para algo além da mudança, que seja para lembrar sempre que o recente passado e o desastre saelista não se apagará com discursos vazios e convenientes.
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