O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, acelerou de 0,11% em janeiro para 1,23% em fevereiro. Esse foi o maior avanço para o mês desde 2016, quando a taxa chegou a 1,42%. O dado, divulgado nesta terça-feira (25) pelo IBGE, evidencia a dificuldade do governo Lula em conter a alta dos preços.
A inflação acumulada no primeiro bimestre alcançou 1,34%, enquanto, no acumulado de 12 meses, chegou a 4,96%. Esse patamar supera o teto da meta do Banco Central, de 4,50%, e é o mais alto desde outubro de 2023, quando atingiu 5,05%.
Apesar de ter ficado abaixo das projeções do mercado — que esperava um avanço entre 1,30% e 1,50%, com mediana de 1,43% —, o resultado reforça a pressão sobre o custo de vida e aumenta a incerteza sobre a política econômica do governo.
O avanço da inflação ocorre em um cenário de juros ainda elevados e crescimento econômico modesto. Para o Palácio do Planalto, a escalada dos preços impõe desafios na condução da política econômica e pode comprometer a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que enfrenta resistência do mercado e dificuldades para estimular a economia sem descontrolar as contas públicas.
Com os preços subindo acima do esperado, a trajetória da inflação em 2025 se torna uma preocupação central para consumidores, investidores e para o próprio governo, que busca evitar um cenário de desancoragem das expectativas e maior instabilidade econômica.
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