Faltam 585 dias para as eleições, mas o cenário político do Rio Grande do Norte já se movimenta. O vice-governador Walter Alves (MDB) anunciou que não disputará o governo do Estado, mesmo se assumir o cargo em abril de 2026, com a possível renúncia da governadora Fátima Bezerra (PT) para concorrer ao Senado.
Alves afirmou que a decisão já estava tomada e negou pressões do PT para viabilizar um candidato próprio. “Fui convidado pela governadora, mas, por questão familiar, não serei candidato”, disse.
Sem mandato previsto para 2027, ele pretende focar na articulação política do MDB. Como presidente estadual da legenda, trabalha para formar uma chapa forte para deputados estaduais e federais e garantir espaço na disputa majoritária, podendo indicar o vice-governador ou um candidato ao Senado.
Entre as negociações, há expectativa sobre a filiação de Ezequiel Ferreira (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa, ao MDB. Alves evitou confirmar, mas lembrou que os partidos mantêm uma aliança desde 2024.
O vice-governador também citou conversas com o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi (SP), e admitiu um movimento para apoiar Cadu Xavier, secretário da Fazenda, ao governo. “Um projeto nacional pode acontecer, inclusive em Brasília, e um dia eu posso voltar”, afirmou.
Caso permaneça no governo até dezembro de 2026 sem disputar a eleição, Alves repetirá o que ocorreu em 1990, quando Geraldo Melo abriu espaço para Garibaldi Alves Filho, e em 2014, quando Rosalba Ciarlini ficou sem legenda para tentar a reeleição.
A antecipação dessas definições reforça um padrão na política potiguar: o calendário eleitoral se encurta, e as articulações começam antes do previsto, projetando desde já os rumos para 2026.
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