A queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem acelerado as articulações para a sucessão presidencial de 2026. Com índices de reprovação superiores à aprovação, segundo pesquisas recentes, a base governista começa a ensaiar movimentos que podem resultar na fragmentação do campo político que reelegeu Lula em 2022.
Partidos como MDB, PSD e União Brasil, que ocupam espaços estratégicos na Esplanada dos Ministérios, demonstram crescente resistência à ideia de apoiar uma eventual tentativa de reeleição do petista. Enquanto Lula ainda aposta na construção de uma frente ampla, o União Brasil já cogita desembarcar do governo, expondo fissuras que podem comprometer a governabilidade e a formação de alianças para 2026.
O avanço do centro e a busca por candidaturas próprias também revelam um novo cenário em que a polarização entre petistas e bolsonaristas pode ser desafiada por nomes alternativos. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), visto como um potencial sucessor do bolsonarismo, resiste publicamente a uma candidatura presidencial, mas segue sendo cortejado por setores da direita.
Ao mesmo tempo, líderes do Progressistas e do União Brasil, como Ciro Nogueira e Antonio Rueda, reforçam a oposição ao governo Lula e estreitam laços com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Esse movimento sinaliza que o campo conservador busca se reorganizar para disputar o Palácio do Planalto com força em 2026.
Diante desse quadro, o próprio Lula já admite a possibilidade de não concorrer, desde que um nome da esquerda seja capaz de enfrentar a ascensão da direita. O desafio, no entanto, reside na ausência de um sucessor natural que consiga unir as diversas correntes do campo progressista.
O cenário eleitoral de 2026 ainda está indefinido, mas os movimentos antecipados de partidos e lideranças indicam que o jogo político será mais fragmentado e imprevisível do que nas últimas disputas presidenciais.
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