Defesa afirma que “não se achou absolutamente nada” contra Bolsonaro

O advogado de Jair Bolsonaro, Celso Vilardi, negou nesta terça-feira (25) a participação do ex-chefe do executivo no plano de golpe de Estado após as eleições de 2022. Segundo ele, “não se achou absolutamente nada” contra o ex-presidente. A declaração aconteceu durante a primeira sessão do julgamento pela primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) das denúncias apresentadas pela Procuradoria Geral da República (PGR) contra Bolsonaro e outros sete acusados.

Na ocasião, Celso Vilardi disse que Bolsonaro foi o “presidente mais investigado do país” e questionou a delação do ex-ajudante de ordens do ex-presidente, o tenente-coronel Mauro Cid. O advogado pediu, ainda, o que considera acesso integral às provas que basearam a denúncia da PGR e a investigação da Polícia Federal.

Apesar de haver 34 pessoas denunciadas pela PGR no inquérito do golpe, somente o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras sete estão incluídas na pauta de julgamento do STF nesta terça-feira. Isso ocorre pelo “fatiamento” da denúncia. Para acelerar a análise da ação penal, a PGR dividiu os denunciados em núcleos de atuação.

O primeiro dos núcleos a ser julgado é chamado pela PGR de “núcleo crucial”. “Deles partiram as principais decisões e ações de impacto social” para a tentativa de golpe, afirmam os procuradores.

De acordo com as investigações, a trama golpista começou a ser planejada mais de um ano antes do pleito de 2022, com o uso indevido de órgãos públicos para a coleta de informações para tirar a credibilidade do sistema eleitoral brasileiro.

Após a derrota nas eleições, o presidente e seu entorno planejaram um decreto que romperia com a ordem legal do País, diz a denúncia. As defesas negam a participação dos denunciados em uma tentativa de golpe de Estado.