Brasília – 25 de abril de 2025 – O governo Lula enfrenta um novo terremoto político com a revelação de mais um escândalo bilionário dentro do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Trata-se da segunda fraude de proporções gigantescas na Previdência Social desde o início do terceiro mandato do presidente Lula III, reacendendo questionamentos sobre a segurança dos sistemas públicos e o controle interno das instituições federais.
Segundo informações divulgadas pela Folha de S.Paulo, Estadão e O Globo, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal desbarataram uma quadrilha infiltrada no INSS que vinha operando um esquema de concessão fraudulenta de benefícios previdenciários, causando um rombo estimado em mais de R$ 2,3 bilhões aos cofres públicos.
A investigação, batizada de Operação Falso Amparo, identificou servidores públicos, advogados, intermediários e até políticos locais envolvidos na liberação indevida de pensões, aposentadorias e auxílios. A fraude vinha ocorrendo em diversos estados, com epicentro nas regiões Norte e Nordeste, onde a fiscalização é mais frágil e os acessos aos sistemas são descentralizados.
Esse novo abalo ocorre menos de um ano após o primeiro escândalo envolvendo o INSS no atual governo. Em julho de 2023, veio à tona a Operação Pensão Fake, que revelou um esquema similar de fraudes com o uso de documentos falsos e criação de segurados fantasmas. Na época, o prejuízo foi estimado em R$ 1,1 bilhão, e levou à exoneração de mais de 20 servidores.
O escândalo anterior já havia deixado uma mancha profunda na imagem do governo, principalmente após vir à tona que alguns dos envolvidos tinham ligação com indicações políticas feitas durante o novo ciclo de nomeações federais promovido pela base aliada.
A nova crise obrigou o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, a vir a público declarar que “os responsáveis serão punidos com todo o rigor da lei”. No entanto, o clima no Planalto é de tensão e desgaste. Interlocutores do governo admitem que a reincidência de fraudes em tão pouco tempo fragiliza a narrativa de retomada da governança e eficiência na gestão pública.
Enquanto isso, a oposição já prepara uma nova ofensiva no Congresso. Parlamentares do PL, União Brasil e Novo prometem acionar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência para apurar não só os casos já descobertos, mas também supostas omissões administrativas que teriam permitido o avanço das fraudes.
Especialistas alertam para um possível colapso da confiança institucional. “Quando fraudes bilionárias se repetem em menos de dois anos, estamos falando de uma crise sistêmica. O risco é de banalizar a impunidade”, afirmou o economista Paulo Tafner, estudioso da Previdência.
Para completar o clima de instabilidade, investigações apontam que parte dos valores desviados foi parar em contas no exterior, o que pode indicar um esquema de lavagem de dinheiro de proporções internacionais.
– Com dois escândalos de grandes proporções em menos de dois anos, o INSS se torna o novo epicentro das crises no governo Lula 3. Mais do que uma questão administrativa, a sequência de fraudes levanta dúvidas sobre a real capacidade do Executivo de conter a corrupção em áreas críticas do Estado.
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