O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, foi avisado em junho de 2023 sobre fraudes que desviavam bilhões dos aposentados do INSS — mas nada fez. Documentos oficiais revelados pelo Jornal Nacional mostram que a cúpula da pasta sabia do esquema e preferiu adiar qualquer ação.
Na época, a conselheira Tonia Galleti alertou sobre o aumento dos descontos não autorizados nas aposentadorias. Ela pediu urgência na investigação e na criação de regras mais rígidas. Lupi, no entanto, ignorou o pedido, alegando que o tema “não fazia parte da pauta”. A promessa de discutir o caso na reunião seguinte também não foi cumprida.
Enquanto isso, os descontos suspeitos explodiram. Uma auditoria da Controladoria-Geral da União apontou que o volume triplicou em menos de um ano, somando R$ 250 milhões por mês. Ao todo, o rombo pode ter atingido R$ 6 bilhões — dinheiro arrancado dos aposentados que mais precisam.
A resposta do governo veio só depois que a Polícia Federal e a CGU realizaram operações para desmontar o esquema. Só então as entidades envolvidas foram descredenciadas. Até lá, o prejuízo já estava feito.
Carlos Lupi admitiu que sabia do problema, mas tentou justificar a demora, dizendo que mudanças internas estavam em andamento. O processo, segundo ele, terminou apenas em março de 2024 — dez meses depois do primeiro alerta e já sob investigação dos órgãos de controle.
O caso expõe a negligência do governo Lula com a segurança dos aposentados e levanta dúvidas sobre o real compromisso da gestão com o combate à corrupção dentro da máquina pública.
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