A ata divulgada nesta terça-feira (13) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) confirma que os juros altos devem continuar por mais tempo. A taxa Selic, atualmente em 14,75% ao ano, foi mantida por causa da inflação ainda elevada e espalhada por vários setores da economia.
O Banco Central apontou que o consumo continua forte, sustentado por emprego e renda altos, e que os preços de serviços — como educação, saúde e alimentação fora de casa — seguem pressionados. A expectativa do mercado para a inflação em 2025 e 2026 também está acima da meta, o que indica desconfiança na capacidade do governo de controlar os gastos e garantir estabilidade.
Entre os motivos citados estão o câmbio instável, as incertezas sobre a dívida pública e o cenário internacional, especialmente com os Estados Unidos adotando políticas econômicas mais duras. O documento alerta que o país precisa manter uma política monetária firme para evitar que a inflação se descontrole.
Apesar dos efeitos dos juros já começarem a aparecer na economia — com menos crédito, menos consumo e desaceleração no emprego — o Copom avalia que o combate à inflação ainda exige cautela.
A mensagem é clara: sem equilíbrio fiscal e compromisso com a responsabilidade, os juros continuarão altos, dificultando o crescimento e penalizando quem produz. O governo precisa fazer sua parte e mostrar que leva a sério o controle dos gastos e a estabilidade econômica.
A próxima reunião do Copom será nos dias 17 e 18 de junho. O mercado ainda não sabe se a Selic vai continuar estável ou subir mais.
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