Cristina de Orleans e Bragança, bisneta da princesa Isabel e trineta de Dom Pedro II, morreu nesta quinta-feira (15), aos 74 anos, no Hospital da Unimed, em Petrópolis, Região Serrana do Rio. Ela se recuperava de uma cirurgia abdominal quando sofreu uma parada cardiorrespiratória.
A morte marca o fim de uma vida marcada pela discrição, mas também pela representação silenciosa de um capítulo essencial da história brasileira: a monarquia. Cristina era filha de Dom Pedro Gastão e irmã de Francisco de Orleans e Bragança, herdeiros do ramo petropolitano da Casa Imperial. Casada com Antônio Marinho, deixa duas filhas – Anna Teresa e Paola Maria – e um neto.
Formada em biologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), viveu entre a ciência e o dever histórico. Aposentada, morava em Itaipava, onde cultivava a paixão por cavalos, herdada do pai. O amor pelos animais era visível em registros familiares, nos quais aparece sorridente em haras da região.
O corpo será velado no sábado (17) na funerária Oswaldo Cruz e sepultado no mesmo dia no Cemitério Municipal de Petrópolis.
Mesmo sem exercer funções públicas, Cristina simbolizava, como outros descendentes diretos da família imperial, uma ponte entre o passado e o presente do país. Em tempos de instabilidade política e busca por referências morais, o legado da monarquia, preservado por seus herdeiros, volta a ser lembrado por parte da sociedade como sinônimo de estabilidade institucional, patriotismo e serviço público.
A família imperial brasileira, golpeada pelos republicanos e retirados do poder a força em 1889, manteve-se fiel aos princípios que norteavam o Segundo Reinado: respeito às instituições, responsabilidade cívica e compromisso com o bem comum (Absolutamente nada do que vemos hoje, apenas uma república emporcalhanda em corrupção levando o país ao continuo fracasso). Cristina de Orleans e Bragança representava, em sua rotina discreta e dedicada à família, os valores retos dos seus antepassados. Sua morte é uma perda não apenas pessoal para seus entes queridos, mas simbólica para a memória monárquica do país.
O Brasil, que durante décadas se destacou pela estabilidade sob a liderança de Dom Pedro II, reencontra na trajetória de seus descendentes um exemplo de continuidade histórica e identidade nacional. Ao lembrar Cristina, a memória coletiva ganha um ponto de apoio para refletir sobre os rumos do país e o valor de suas raízes.
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