A corrida pelo Governo do Rio Grande do Norte em 2026 já começou a se desenhar com disputas acirradas e sinais de alerta para algumas forças políticas tradicionais. A nova pesquisa do Instituto Consult, divulgada nesta semana, escancarou o início de uma batalha complexa, onde a liderança do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), e a estagnação do nome apoiado pela governadora Fátima Bezerra (PT) já movimentam os bastidores.
Com 23,24% das intenções de voto, Allyson Bezerra lidera o cenário mais amplo da pesquisa estimulada, seguido pelo senador Rogério Marinho (PL), que aparece com 16,29%. A diferença de 6,95 pontos percentuais entre ambos mostra uma disputa aberta, com tendência de polarização entre um nome do interior com discurso de renovação e um veterano da política nacional ligado à direita bolsonarista.
A deputada federal Natália Bonavides (PT), terceira colocada com 12,06%, aparece como a principal representante do campo progressista. No entanto, sua posição ainda é modesta, considerando o histórico de força eleitoral do PT no estado nas últimas eleições para o Executivo estadual.

Mais preocupante ainda para o campo governista é a posição do secretário estadual da Fazenda, Carlos Eduardo Xavier, o “Cadu Xavier”, apontado como o nome de confiança da governadora Fátima Bezerra para dar continuidade à atual gestão. Cadu amarga o último lugar no cenário mais abrangente, com apenas 0,82% das intenções — um desempenho que beira o simbólico e sugere forte rejeição ou desconhecimento por parte do eleitorado.
Mesmo com o apoio da governadora, que conta com capital político importante no estado, o nome técnico e sem projeção popular de Cadu não empolga. A leitura política é clara: o governo atual terá de repensar sua estratégia se quiser manter influência em 2026. A transferência de votos pode não acontecer automaticamente, e o eleitor potiguar já começa a buscar alternativas com mais visibilidade e trajetória própria.
Nos cenários com número reduzido de pré-candidatos, a liderança de Allyson Bezerra se amplia. Ele chega a 32,18% quando o confronto simulado é entre ele, Álvaro Dias (22,41%) e Cadu Xavier (3,47%). Quando enfrenta Rogério Marinho e Natália Bonavides, o prefeito de Mossoró mantém a dianteira com 28,59%, enquanto o senador tem 24,29% e a deputada 14,76%.
A análise política indica um padrão: Allyson Bezerra é competitivo em qualquer formação de disputa, com base sólida no interior e bom índice de conhecimento popular. Rogério Marinho, por sua vez, apresenta crescimento consistente entre eleitores mais conservadores e tende a atrair o apoio do eleitorado bolsonarista potiguar, que segue numeroso.
Já os demais nomes — Walter Alves (MDB), Ezequiel Ferreira (PSDB) e Álvaro Dias (Republicanos) — têm desempenhos tímidos ou variáveis, revelando um cenário de fragmentação da chamada “velha guarda” da política estadual.
Com 21,82% de eleitores ainda indecisos e 10,24% declarando que não votariam em nenhum dos nomes apresentados, a margem de crescimento e reviravoltas é significativa. Além disso, a pesquisa evidencia que a construção da imagem pública dos pré-candidatos será crucial, especialmente entre os nomes que ainda não decolaram nas intenções de voto.
O desafio está posto: quem quiser vencer em 2026 precisará conquistar o eleitorado flutuante, apresentar propostas claras e sair do discurso genérico. O RN caminha para uma eleição marcada pela disputa entre novidade e tradição, interior e capital, gestão técnica e carisma político.
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