O advogado Antônio Campos, irmão do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, afirmou nesta quinta-feira (29) que o acidente aéreo que matou o político em 2014, na cidade de Santos (SP), foi resultado de um assassinato. Em entrevista ao jornal Folha de Pernambuco, ele declarou que houve manipulação de uma peça da aeronave para provocar a queda.
Eduardo Campos era candidato à Presidência da República e se colocava como principal adversário da reeleição da então presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo Antônio, o contexto político da época pode ter motivado a sabotagem.
— Foi um assassinato! Mexeram numa peça do avião, o que seria de difícil prova, métodos muito utilizados por profissionais do crime — disse o advogado.
Ele também mencionou uma acusação feita anteriormente por Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB, de que Dilma teria espionado Eduardo usando a estrutura da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Para Antônio Campos, a suposta espionagem e o acidente estariam relacionados.
— O acidente tem a ver com esse entorno e com esse contexto, que o tempo revelará — afirmou.
Ainda de acordo com Antônio, tramita na 4ª Vara Federal de Santos uma ação de produção de provas, movida por ele e pela mãe, Ana Arraes. O processo tem o número 5001663-02.2017.4.03.6104 e busca comprovar que houve sabotagem técnica na aeronave.
— Há pareceres de assistentes técnicos nesse sentido, que foram desconsiderados numa pífia investigação da autoridade policial responsável pelo assunto à época — criticou.
Antônio Campos também afirmou que Dilma Rousseff “implicava e tinha ciúmes” da relação entre Eduardo e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O acidente ocorreu em 13 de agosto de 2014 e matou Eduardo Campos e outras seis pessoas. As investigações oficiais não apontaram indícios de sabotagem.
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