Apesar das derrotas no Congresso, o governo Lula não pretende apresentar novas medidas fiscais. Vai insistir no que já está na mesa: aumento de impostos.
A informação foi confirmada por duas fontes do alto escalão. A ordem é segurar o decreto que eleva o IOF e tentar evitar sua derrubada pelos deputados.
Na segunda-feira (16), a Câmara acelerou a tramitação de uma proposta que anula o decreto do IOF. O movimento é visto como mais um revés para o Planalto, que tenta cumprir a promessa de zerar o déficit primário em 2025.
O decreto integra um pacote para levantar R$ 50 bilhões até 2026, por meio do fim de isenções fiscais e mais tributos. O problema é que a ideia não caiu bem no Congresso. Parlamentares cobram corte de gastos e reclamam da demora na liberação das emendas.
O presidente da Câmara, Hugo Motta, chegou a apoiar o plano, mas recuou após reunião com Lula. Prometeu não votar a proposta de imediato, dando tempo ao governo para negociar.
A equipe de Fernando Haddad, que já recuou de um congelamento de R$ 31 bilhões no Orçamento, segue defendendo o corte de isenções como forma de “corrigir distorções”. Os incentivos fiscais somam cerca de R$ 800 bilhões por ano.
A pressão aumentou, e o governo sabe que precisa se mexer. Por ora, prefere apostar tudo no convencimento.
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