O governo Lula prevê desligar 101 mil famílias do Bolsa Família até o fim do ano. O motivo, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, é o aumento da renda dos beneficiários — o que, na prática, os tira do critério de pobreza exigido pelo programa.
Com a tesoura, o Planalto estima economizar R$ 59 milhões. O número veio à tona por meio da Lei de Acesso à Informação.
A justificativa oficial é que se trata da chamada “regra de proteção”: quem consegue um emprego ou melhora a renda pode continuar recebendo metade do benefício por um tempo, antes de sair de vez.
Hoje, só pode entrar no programa quem tem renda de até R$ 218 por pessoa. Passou disso, o risco de corte é real — mesmo que o aumento venha de um bico ou da informalidade.
A economia, segundo o governo, vai ser usada no próprio Bolsa Família. Resta saber se quem sai agora vai mesmo conseguir andar com as próprias pernas ou se volta à fila mais adiante.
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