GROSSOS (RN) — O vice-prefeito da cidade de Grossos, no Oeste Potiguar, Galego Caetano, tornou público um contundente desabafo por meio de carta aberta nas redes sociais. No documento, ele acusa a prefeita Cinthia Sonale de trair aliados, praticar abuso de poder, enriquecer ilicitamente e transformar a prefeitura num instrumento pessoal de poder e vaidade. O município, que lidera o ranking nacional de arrecadação de royalties do petróleo — superando, inclusive, a vizinha Mossoró —, estaria sendo palco de uma série de irregularidades, segundo as denúncias do vice.
Galego, que rompeu politicamente com a prefeita, afirma que Cinthia não governa a cidade: “Ela administra Grossos a partir de Mossoró”, escreveu. Segundo ele, a gestora mora na capital do Oeste e só aparece esporadicamente no município. A suposta residência oficial, reformada com luxo, teria sido construída apenas como justificativa para essa ausência.
Entre as denúncias mais graves estão o suposto uso indevido dos R$ 61 milhões recebidos da Petrobras em 2025, fruto de uma ação judicial que beneficiou os cofres da cidade. Galego afirma que, mesmo com a fortuna recebida, não há obras concluídas e entregues à população. Pior: segundo ele, a prefeita ainda contraiu um empréstimo de R$ 16 milhões junto à Caixa Econômica Federal, aumentando o endividamento do município.
“Com tanto dinheiro em caixa, a população vive de migalhas e de promessas vazias. Enquanto isso, a prefeita e sua família esbanjam vaidade com cirurgias plásticas e compras de imóveis em Tibau, Pernambuquinho e Mossoró”, escreveu o vice-prefeito.
Galego cita ainda a criação do programa “Renda Cidadã”, que ele classificou como “esmola eleitoral disfarçada”, e acusa a gestora de usar critérios políticos para liberar ajuda social. “Só recebe quem rasteja, liga insistentemente e jura fidelidade”, denunciou.
O vice também aponta superfaturamento em obras inacabadas como o campo de futebol da cidade e a estrada que liga a RN à zona rural. Uma dessas licitações, segundo ele, movimentou R$ 8 milhões, mas resultou apenas em uma “meia-sola” de infraestrutura.
As críticas também se estendem ao salário pago aos funcionários públicos. Galego denuncia que trabalhadores como merendeiras, ASGs e professores contratados recebem salários abaixo da média estadual, sem direito a 13º ou adicionais.
Ao final da carta, Galego questiona diretamente: “Onde está o dinheiro dos royalties?” A pergunta ecoa o sentimento de insatisfação de uma parte da população, que vê o crescimento da riqueza pública contrastar com a estagnação das políticas sociais e a precariedade de serviços básicos.
A Prefeitura de Grossos não se pronunciou oficialmente sobre as denúncias até o fechamento desta reportagem.
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