JERUSALÉM (Reuters) – O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, parecia estar se encaminhando para a reeleição na quarta-feira, quando pesquisas de boca de urna e resultados parciais mostraram que ele estava à frente de seu principal concorrente.
Tanto Netanyahu quanto o ex-chefe militar Benny Gantz, líder do partido rival Azul e Branco, declararam vitória em discursos para reuniões turbulentas de apoiadores. Mas, à medida que a noite prosseguia, havia sinais crescentes de que o Likud de Netanyahu estava avançando.
Com uma vitória, Netanyahu conquistaria o quarto mandato consecutivo e o quinto no geral, o que neste verão fará dele o líder mais antigo de Israel. Talvez mais crucialmente, a reeleição lhe dará um impulso importante à medida que ele se prepara para a probabilidade de acusações criminais em uma série de escândalos de corrupção.
O primeiro-ministro de 69 anos tem sido a força dominante na política israelense nas últimas duas décadas e seu rosto para o mundo. Sua campanha se concentrou em sua amizade com o presidente Donald Trump e seu sucesso no cultivo de novos aliados, como China, Índia e Brasil.
Com mais de 90% dos votos contados, o Likud tinha uma vantagem limitada sobre Azul e Branco, com os partidos de Netanyahu esperados para tomar 37 assentos – um a mais que Gantz.
“É uma noite de tremenda vitória”, disse Netanyahu em seu próprio comício de vitória. “Fiquei muito comovido porque a nação de Israel mais uma vez me confiou pela quinta vez e com uma confiança ainda maior”.
Ele disse que já havia começado a conversar com colegas de direita e partidos religiosos sobre a formação de uma nova coalizão.
“Quero deixar claro que será um governo de direita, mas pretendo ser o primeiro-ministro de todos os cidadãos israelenses, de direita ou esquerda, judeus e não-judeus”, disse ele.
A mensagem foi um forte contraste com o tema da campanha em que ele acusou Gantz de conspirar com partidos árabes para derrubá-lo. Líderes árabes acusaram Netanyahu de demonizar a comunidade árabe do país, que é cerca de 20% da população.