O papa Francisco nomeou 17 novos cardeais, entre eles o arcebispo de Brasília, Sergio da Rocha. A informação é da Agência Ansa.
Na homilia da missa do consistório, o pontífice alertou sobre o “vírus da polarização” e disse que, apesar de todos serem diferentes, é preciso não ser “inimigo” dentro da Igreja.
“Nós viemos de terras distantes, temos costumes, cores de pele, línguas e condições sociais diversas. Pensamos de maneiras diferentes e celebramos a fé também com ritos diferentes. E nada disso nos torna inimigos, ao contrário, é uma de nossas maiores riquezas”, disse o papa.
A fala de Francisco é uma crítica velada aos recentes momentos de tensão entre os cardeais. Nesta semana mesmo, foi tornada pública uma carta de questionamentos ao papa por cardeais conservadores, liderados pelo norte-americano Raymond Leo Burke.
Quem são os cardeais rebeldes que acusam o papa Francisco de heresia

Uma rebelião anunciada. Um grupo de cardeais manifestou publicamente preocupação com os ensinamentos do papa Francisco, acusando o pontífice de causar confusão em relação a assuntos-chave para a doutrina católica.
Em carta divulgada nesta semana, os sacerdotes questionam o papa por encorajar a Amoris Laetitia (Alegria do Amor), documento que é uma tentativa de abrir novas portas para católicos divorciados e tornar a Igreja mais tolerante com questões relacionadas à família.
A rigor, a carta não é nova: os cardeais a enviaram ao papa em setembro, com cinco perguntas específicas que exigem apenas um “sim” ou um “não” como resposta. Eles querem esclarecer o que consideram dúvidas ou imprecisões, no que diz respeito “à integridade da fé católica “.
Os religiosos, representantes de setores mais conservadores do catolicismo, sugerem que o papa criou uma “grave desorientação e confusão entre os fiéis”.
Assinada por quatro cardeais, a carta representa um sinal claro de dissidência, que reflete o descontentamento dos setores mais conservadores da Igreja.
Dos signatários, três são cardeais aposentados: os alemães Walter Brandmüller e Joachim Meisner e o italiano Carlo Caffarra. O americano Raymond Leo Burke, único que ainda está na ativa, é crítico frequente do papa Francisco.
Eles afirmam que decidiram tornar a carta pública após esperar dois meses por uma resposta do pontífice que nunca chegou.
Aos olhos do público
A carta dos cardeais dissidentes, divulgada na segunda-feira, questiona o papa especificamente sobre esta questão.
Eles o fazem por meio de dilemas, questões teológicas que exigem uma resposta positiva ou negativa, e que são um mecanismo para tirar dúvidas sobre temas relacionados aos sacramentos ou padrões morais.
O primeiro dilema questiona se, ao contrário do que foi estabelecido por papas anteriores, “agora é possível perdoar” ou “dar a comunhão a uma pessoa que, embora unida por um casamento, vive com outra como marido e mulher”, o que contradiz expressamente a encíclica do papa João Paulo II de 1981.
Cada vez fico mais confusa com toda esta arbitrariedade. Já não bastava os casamentos nulos, vem agora a possibilidade de admitir a Comunhão de casais em adultério assumido!
Afinal, a Palavra de Deus é imutável ou não? Quem parará isto? Jesus é irredutível na resposta que dá aos Fariseus: QUALQUER homem que repudie sua mulher e case com outra, comete adultério; QUALQUER mulher repudiada que case com outro, comete adultério! Que poder tem o Seu representante na Terra, não Deus… para mudar as Suas Palavras, quando Jesus também afirma que:”nem uma vírgula a poderá alterar? Aonde está a protecção à família?
Receio que apenas estejam a mudar os nomes; de resto, a confusão é a mesma! (os meus, os teus e os nossos!) E nos casamentos nulos, como se sentirão os filhos? Bastardos? Alguém pensa nisso? Que Sociedade se está a construir? Nem sei se valeu a pena Jesus ter morrido e sofrido tanto. Continuamos a fazer o que queremos e a banalizar tudo “SIM SIM, NÃO, NÃO” vós ó mornos, eu vomito-Vos! Sempre me ensinaram que foram os tíbios que quase fizeram Jesus desistir do Seu Plano de Salvação, mas agora, ninguém faz alusão a ISSO! Tudo quer um Cristianismo morno…
Para que existe a Igreja? Para nos ajudar a refrear os nossos apetites e seguir o Mestre, se for preciso até à morte, (não seja o discípulo maior que o Mestre) ou para nos facilitar a vida e desvirtuar tudo?
Lamento e sofro por estar a assistir a toda esta derrocada em nome de uma misericórdia permissiva que não eleva ninguém, mas somente cria a confusão e o facilitismo!
FELIZES DOS QUE PERSEVERAREM!