Às vésperas da decisão do PMDB de romper ou não com o Palácio do Planalto, o “Diário Oficial” publicou a exoneração do presidente da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), Antônio Henrique de Carvalho Pires.
A presidente Dilma Rousseff decidiu que vai demitir todos os assessores nomeados por peemedebistas que optarem pelo rompimento com o governo, proposta que ganhou nesta quinta-feira (24) a indicação de apoio do diretório do Rio, o maior e mais influente do partido.
Dilma já fez o primeiro gesto de punição aos infiéis na quinta, ao demitir um assessor indicado pelo vice-presidente Michel Temer.
No mesmo dia da demissão, o diretório regional do Rio tomou decisão favorável ao rompimento.
A seção é considerada a maior aliada de Dilma no partido.
Ao todo, os fluminenses têm 12 dos 119 membros do diretório nacional. Se todos votarem contra o governo no encontro marcado para o dia 29, como chegou a ser divulgado pela ala oposicionista, o desembarque do governo é dado como certo.
Segundo ele, o governo, depois de uma eventual debandada dos peemedebistas, terá cerca de duas semanas para usar estes cargos na busca de garantir os 171 votos na votação contra o impeachment na Câmara, prevista para abril ou maio. O PMDB tem 69 deputados.
Dentro do grupo do vice, a exoneração foi considerada uma retaliação da presidente por causa da decisão de manter a reunião que definirá o desembarque no dia 29.